Trabalhar em clínica própria ou de 3os? – Interact – Gestão de Negócios

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Trabalhar em clínica própria ou de 3os?

O Estadão publicou uma matéria no último sábado, 13/05/2017, que mostrava um movimento de médicos fechando suas clinicas e consultórios e migrando para trabalhar para clínicas populares, como o Dr Consulta. 

Os motivos mencionados são os altos custos de manutenção da estrutura da clínica, prazos longos para o convênio efetuar os pagamentos e ociosidade de agenda. 

Claro que em tempos de crise esses motivos se tornam mais relevantes… Porém vale refletir sobre a raiz deles: quero ou não ter um negócio próprio?

Não nada de errado em preferir atuar em clínicas de terceiros. Se for esse o caso, convém buscar a oportunidade que satisfaça da melhor forma seus anseios profissionais. Se quiser ter um negócio próprio… aí tem de pensar em alguns pontos. Entre eles, entender os custos esperados, trabalho necessário para pagar as despesas, posicionamento da clínica, atuação de Marketing, riscos tributários e tantos outros. 

Quando você tem um negócio próprio, se o movimento cai, você procura entender as razões, em que momentos a agenda tem mais problemas (dia da semana, do mês, horários, procedimentos). E conhecendo o perfil do seu público, você toma atitudes para mudar a situação. Faz uma promoção para atender nos horários menos procurados, ou para os procedimentos mais rentáveis e menos utilizados. O convênio demora para pagar (sem contar as glosas) – então prepare-se para trabalhar com esse fluxo de caixa ou para migrar para mais pacientes particulares: qual a sua estratégia e posicionamento de negócios?

O assunto é muito interessante… Arrisco dizer que se o objetivo é exercer a medicina (ou odontologia…) e ser remunerado por isso – e tocar sua vida – realmente ter a prórpia clínica ou consultório não parece ser a melhor alternativa. Afinal, ter um carro gera custos e dá um trabalho para fazer a sua manutenção; e não será diferente com um negócio próprio – e tanto clínicas como consultórios são negócios. 

Ou seja, você quer ter um carro próprio, cuidar dele e arcar com suas despesas, ou prefere usar taxi/uber, transporte público ou outros? Se preferir ter o carro (que te dá mais autonomia e liberdade), saiba de antemão o custo do IPVA, do seguro (caso não contrate, saiba dos riscos que está correndo), de manutenção, o risco de ficar sem o carro quando deixar na oficina, depreciação do investimento… 

Importante é que não tem caminho melhor ou pior. Trata-se do que funciona mais para cada um. E uma grande parte desta analise pode (e deve) ser feita antes de tomar a decisão.